<i>Nós, europeus</i>
O PS apresentou formalmente o seu primeiro candidato às eleições para o Parlamento Europeu. Nada a acrescentar, nada de novo, cabeça de lista e partido merecem-se uns aos outros.
Surpreendente só mesmo o lema escolhido para a candidatura: Nós, europeus. Fica-se na dúvida: «nós», quem? É Vital Moreira a usar o plural majestático? É o PS, que com tanta viragem à direita tem receio de já ter descolado do continente europeu? Será que o PS acha que nós, portugueses, chumbámos todos a geografia?
Para não haver acusações de embarcarmos também em «campanhas negras», visita-se o famoso blog de Vital Moreira para ler, sem mediação, o discurso proferido na aceitação da candidatura. E estão lá todas as explicações.
«Nós, europeus» refere-se ao PS «construtor» da União Europeia. Dependendo da perspectiva, claro, porque também se pode dizer que foi, de cedência em cedência, entregando a soberania e o aparelho produtivo nacionais ao grande capital europeu.
Mas «nós, europeus» também se refere a nós, portugueses. Diz o cabeça de lista que, com o novo Tratado de Lisboa – o tal, chumbado pelo povo irlandês, que não está em vigor -, as decisões tomadas no Parlamento Europeu terão ainda mais repercussões no nosso quotidiano. Diz que «os eleitores deverão escolher quem está em melhores condições para defender Portugal no Parlamento Europeu». Diz também que no dia 7 de Junho não pode haver «contaminação com as eleições locais». Sobra uma pergunta, simples: mas se cá não defenderam Portugal, se cá, o que se viu foi Código do Trabalho, mais desemprego, encerramento de serviços públicos, se cá negaram ao povo um referendo sobre o tal importantíssimo Tratado, então – que raio! – como é que lá nos podem defender?!
A este lema responde-se com muitos outros: Nós, trabalhadores. Nós, desempregados. Nós, reformados. Nós, mulheres. Nós, jovens. Nós, patriotas. Nós, democratas. Nós, micro empresários. Nós, cientistas, artistas, investigadores, estudantes. Nós, professores e trabalhadores da administração pública. Nós, gente que luta por uma vida melhor. Nós, votamos CDU para o Parlamento Europeu.
Surpreendente só mesmo o lema escolhido para a candidatura: Nós, europeus. Fica-se na dúvida: «nós», quem? É Vital Moreira a usar o plural majestático? É o PS, que com tanta viragem à direita tem receio de já ter descolado do continente europeu? Será que o PS acha que nós, portugueses, chumbámos todos a geografia?
Para não haver acusações de embarcarmos também em «campanhas negras», visita-se o famoso blog de Vital Moreira para ler, sem mediação, o discurso proferido na aceitação da candidatura. E estão lá todas as explicações.
«Nós, europeus» refere-se ao PS «construtor» da União Europeia. Dependendo da perspectiva, claro, porque também se pode dizer que foi, de cedência em cedência, entregando a soberania e o aparelho produtivo nacionais ao grande capital europeu.
Mas «nós, europeus» também se refere a nós, portugueses. Diz o cabeça de lista que, com o novo Tratado de Lisboa – o tal, chumbado pelo povo irlandês, que não está em vigor -, as decisões tomadas no Parlamento Europeu terão ainda mais repercussões no nosso quotidiano. Diz que «os eleitores deverão escolher quem está em melhores condições para defender Portugal no Parlamento Europeu». Diz também que no dia 7 de Junho não pode haver «contaminação com as eleições locais». Sobra uma pergunta, simples: mas se cá não defenderam Portugal, se cá, o que se viu foi Código do Trabalho, mais desemprego, encerramento de serviços públicos, se cá negaram ao povo um referendo sobre o tal importantíssimo Tratado, então – que raio! – como é que lá nos podem defender?!
A este lema responde-se com muitos outros: Nós, trabalhadores. Nós, desempregados. Nós, reformados. Nós, mulheres. Nós, jovens. Nós, patriotas. Nós, democratas. Nós, micro empresários. Nós, cientistas, artistas, investigadores, estudantes. Nós, professores e trabalhadores da administração pública. Nós, gente que luta por uma vida melhor. Nós, votamos CDU para o Parlamento Europeu.